A renda domiciliar per capita no Brasil registrou um crescimento significativo de 11,5% em 2023 em comparação com o ano anterior, alcançando o valor recorde de R$ 1.848, de acordo com dados da PNAD Contínua Rendimento de Todas as Fontes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (19). Este é o maior valor registrado desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012.
Os indicadores consideram todas as fontes de rendimento, incluindo não apenas os provenientes do trabalho, mas também categorias como aposentadoria e pensão, aluguel, pensão alimentícia, doações e outros rendimentos. Com a melhoria do mercado de trabalho e o aumento do número de beneficiários de programas sociais, como o Bolsa Família, a massa de rendimento mensal domiciliar per capita também apresentou um aumento de 12,2% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 398,3 bilhões.
Além disso, o rendimento médio real de todas as fontes cresceu 7,5% em comparação com 2022, atingindo R$ 2.846 em 2023, aproximando-se do maior patamar da série histórica registrado em 2014 (R$ 2.850). O rendimento médio mensal real proveniente de todos os trabalhos, para pessoas ocupadas com 14 anos ou mais, foi estimado em R$ 2.979 em 2023, representando um aumento de 7,2% em relação a 2022 e de 1,8% em relação a 2019.
A pesquisa também destacou que a proporção de domicílios com beneficiários do Bolsa Família atingiu o maior patamar da série histórica em 2023, com 19,0% dos lares contemplados pelo programa, especialmente nas regiões Norte (31,7%) e Nordeste (35,5%).
A diferença de rendimento entre lares beneficiados por programas de renda e aqueles que não recebiam esse tipo de auxílio também foi observada, com o rendimento médio mensal domiciliar per capita sendo de R$ 635 nos domicílios que recebiam o Bolsa Família, enquanto nos que não recebiam, esse valor era de R$ 2.227.