O Brasil já contabilizou 1.544 mortes por dengue em 2024, de acordo com dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde divulgados na última quinta-feira (18). Este número supera o total de óbitos registrados em 2023, que foi de 1.094.
Além disso, há 2.085 óbitos em investigação. O país havia registrado um recorde de mortes por dengue em 2023, ultrapassando o recorde anterior de 2022, que foi de 1.053 óbitos.
Os dados da pasta revelam ainda que há 3.507.062 casos prováveis da doença, dos quais 1.958.272 foram confirmados. Isso significa uma média de 11 mortes por dia devido à dengue em 2024.
Um recente artigo publicado pelo Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz analisa os óbitos por dengue e destaca a falta de assistência e atenção ao potencial agravamento dos pacientes como principais razões associadas às mortes.
Na quarta-feira (10), o Ministério da Saúde informou em entrevista que 13 estados brasileiros apresentam estabilidade na incidência de dengue, enquanto o Distrito Federal e oito estados têm tendência de queda.
Os estados com incidência estável são: Rondônia, Pará, Amapá, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e São Paulo. Os estados com tendência de queda são: Acre, Roraima, Amazonas, Tocantins, Goiás, Piauí, Minas Gerais e Espírito Santo.
Por outro lado, Alagoas, Bahia, Maranhão, Pernambuco e Sergipe apresentam tendência de aumento. A secretária reforçou que não é o momento de relaxar no combate à dengue, e que qualquer pessoa com sintomas da doença deve procurar atendimento médico para diagnóstico correto. “As mortes por dengue são evitáveis”, enfatizou.
Sintomas de dengue grave podem surgir após o desaparecimento da febre e incluem náuseas, vômitos, sangramento em mucosas, dor abdominal intensa e tontura ao levantar, indicando a possibilidade de complicações.